Dia 18 de abril, é o dia do livro, uma homenagem ao dia de aniversário de um dos mais importantes escritores brasileiros, Monteiro Lobato. Não se pode falar desse universo de descobertas e conhecimento sem falar de obras como Reinações de Narizinho ou Caçadas de Pedrinho que integram a série Sítio do Pica Pau Amarelo. Desde o início do século XX, Monteiro Lobato, um advogado que atuou como Promotor de Justiça no Interior de São Paulo, se dedicou a publicar contos em jornais e revistas que mais tarde deram origem a seu primeiro livro Urupês (1918), talvez sua obra para adultos de maior sucesso junto com Ideias de Jeca Tatu (1919), O Choque das Raças (1926), O Escândalo do Petróleo (1936) e A Barca de Gleyre (1944) entre outros tantos.

Mas Lobato se destacou mesmo através da literatura infantil. Já afastado das funções de Promotor e vivendo em uma fazenda, começou a escrever as vinte e três obras que entre 1921 e 1947 compuseram as Histórias do Sítio do Pica Pau Amarelo, como O Saci (1921), Emília no País da Gramática (1934) Dom Quixote das crianças (1936), Histórias de Tia Nastácia (1937), O Minotauro (1939) e A Chave do Tamanho (1942).

Monteiro Lobato foi editor, ensaísta, contista e tradutor. Foi crítico do governo Vargas e preso. Atuou fortemente em prol do petróleo do Brasil em uma época em que as pesquisas ainda eram muito incipientes e ironicamente, o “ouro negro” foi descoberto justamente em uma localidade na Bahia chamada Lobato anos mais tarde.

Recentemente sua obra que mistura realidade e fantasia foi alvo de críticas a respeito de seu tom racista e politicamente incorreto, mas o que de fato não podemos negar é que foram gerações que cresceram lendo sua obra e ainda têm em seu imaginário as aventuras de Pedrinho, Narizinho, Emília e sua turma. Monteiro Lobato morreu em 1948 em São Paulo no dia 4 de julho e além de sua importante obra, seu grande legado foi a paixão pelo Brasil.